Diário Explica: como o Pix brasileiro chamou atenção dos EUA e está substituindo os cartões

Diário Explica: como o Pix brasileiro chamou atenção dos EUA e está substituindo os cartões

Foto: Marcello Casal Jr (Agência Brasil/Divulgação)

O avanço acelerado do Pix no Brasil, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, tem despertado atenção internacional, chegando a gerar preocupação aos gigantes norte-americanos do setor financeiro. Ainda nesta semana, terça-feira (15), governo de Donald Trump anunciou que o sistema de pagamentos eletrônicos está sob investigação. Mas o que estaria por trás desse interesse? O Diário Explica conta com a colaboração do economista e professor da Universidade Franciscana (UFN) Mateus Frozza. 

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Na leitura de Frozza, o interesse está ligado aos ganhos do universo dos bancos e de suas transações. Se cerca de 90% da população brasileira utiliza o sistema Pix no débito, o uso dos cartões e, consequentemente, os ganhos por meio dessas transferências, reduziram. 

–  A partir da criação do Pix pelo Banco Central, deixamos de passar o cartão de débito. Passamos a não menos o cartão de crédito com a criação do Pix crédito. Ou seja, as empresas, as grandes empresas americanas de cartões de crédito perderam muito mercado – contextualiza Frozza. 

Abandono do cartão 

Com a implementação do Pix Crédito, a tendência, segundo ele, é de que o uso de cartões tradicionais continue em queda. Os mais radicais vêem como uma possível tentativa de intervenção, coloca Frozza: 

– Há um interesse muito forte das empresas americanas contra ou pela investigação do Pix, porque elas perderam de fato muito, muito dinheiro. 


Desde outubro de 2020, o brasileiro tem o serviço disponível. O último avanço do sistema foi apresentado em 4 de junho deste ano, com o Pix automático. Essa atualização permite o agendamento de despesas periódicas e recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.

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A investigação determinada por Trump foi anunciada pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) na terça-feira (15). A ação visaria determinar se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórios e oneram ou restringem o comércio dos EUA. 

Em contrapartida, Lula fez um pronunciamento em cadeia nacional na noite desta quinta-feira (17). Neleafirmou que responderá com diplomacia e multilateralismo às ameaças do governo de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% a produtos brasileiros nos Estados Unidos. 

O economista falou durante participação no programa Bom Dia, Cidade, da rádio CDN 93.5 FM. 


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